Três meses após os últimos exames fiz um hemograma completo, com VHS e dois raio-X de tórax para checar se a maledetta da doença voltou. E uffa, tudo limpíssimo. O VHS é como um marcador para cânceres de sangue, como os linfomas e leucemias, onde caso saia alterado, indica uma possível recidiva. Mas estava tudo ok.
Mostrei aquele meu gânglio para o médico, juntamente com a infecção e ele nem deu bola. Poxa, me tirou o sono por algumas semanas e ele nem ligou. Hehe! Tempestade em copo d'água, ansiedade é osso. Logo em seguida fui na dermatologista que viu o abcesso e disse que demoooora pra se curar, logo o gânglio também pode muito bem demorar para sumir também. Falando nele, ele ainda está aqui, mas bem menor. Assim como a infecção.
Enfim, tudo seguindo...
Aqui na faculdade recebemos a visita de uma ilustríssima pesquisadora que estuda há 40 anos a alimentação vegana (uma dieta radical que exclui da alimentação qualquer coisa que tenha origem animal, como leites e derivados, ovos, carnes no geral). Por muita coincidência, durante a quimio, o meu irmão encontrou um livro dela em Florianópolis e o escaneou para mim. O livro tem 20 ou 22 receitas de leites de vegetais e suas propriedades medicinais e minha mãe enquanto lia, descobriu o leite de abóbora, que é muuito bom para a imunidade e passou a fazê-lo. Além de todos os fitoterápicos que usei (todos explicados aqui no marcador: fitoterápicos) tenho muito orgulho de dizer que minha imunidade em nenhum momento atrapalhou a minha vida durante a quimio, meus enfermeiros ficavam muito surpresos com os níveis normais de neutrófilos que saiam todo exame pré quimio. ("Está melhor do que muita gente que não faz quimio, viu?" - Diziam eles).
Resumindo a ópera... aprendi muito com ela e contei sobre o leite que minha mãe fez, ela disse que tem muitos depoimentos do tipo, mas a indústria farmacêutica nunca deixaria vazar informações do tipo. Ela então explicou que todas as doenças que desenvolvemos ao longo da vida vieram de uma alimentação irresponsável e todas as doenças que desenvolvemos ao longo da vida podem ser curadas com uma alimentação natural, livre de processados e produtos de origem animal.
Como não posso contar tudo o que aprendi em uma só postagem, deixo aqui um documentário antigo sobre uma terapia chamada Gerson, desenvolvida há muito tempo e que explica exatamente tudo o que essa pesquisadora hoje pode provar por meio de comprovações científicas.
Para encerrar a postagem, me lembrei que um amigo médico de muitos anos da minha família me disse durante a quimioterapia que a maconha é muito boa, em doses controladas, para os efeitos colaterais (como falta de sono, náuseas, falta de apetite e até mal estar geral). Eu experimentei, infelizmente somente no final, quando nenhum remédio mais me ajudava e posso dizer que me arrependi DEMAIS de todo o dinheiro que gastei com as dezenas de comprimidos que tomava durante a semana que só me davam gastrite. Foi mágico, como me senti melhor... como há muito não me sentia, minha mãe viu emocionada como meu rosto voltou a corar e os músculos relaxar, como minha cara mudou. As náuseas se foram, assim como a falta de apetite.
NÃO ESTOU FAZENDO APOLOGIA, quero deixar isso bem claro, afinal é ilegal a venda da erva, mesmo quando seus princípios ativos estão sintetizados dentro de muitos remédios que compramos na farmácia. E quando contei sobre os resultados para esse médico que tinha comentado sobre seus efeitos, ele respondeu: "Nós sabemos, todos os médicos sabem, mas a realidade é tão cruel que se receitamos aos pacientes que vemos passando muito mal, podemos perder o direito de atuar como médico."
É isso ai, uma postagem longa, mas cheia de novas informações.
Um beijo e boa sorte para nós!